16 de janeiro de 2017

Poetas sabem das coisas
Quando advinham um mundo
Incompleto e a fúria do vazio
Poetas podem viajar no assovio
Do vento das almas e voltar
Ilesos ao seu ser comum
Lidos e relidos como páginas de anuário
Todo poeta têm um diário de bordo
No qual a horda de acrobatas
Que ele devora e pela qual é devorado
Segue um rumo equilibrado
Poetas tem um outro lado da face
A oferecer a quem os ameace de viver
Poetas não sabem morrer sem drama
A menos que a dama seja ainda mais
E viva nos ais mesmo quando goza
Poetas em prosa rimam sentidos
Ou são os ouvidos que ritimam a frase
Poetas da crase procuram mais no fogo
Que funde corpos e essência no mesmo jogo
Mas os poetas mais temidos e cultuados
Não são esses bardos de pouco valor
São aqueles cujo maior favor à humanidade
Foi demonstrar sua insanidade

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