25 de fevereiro de 2016

Poema feito e dedicado à Eli Macuxi e ao Vavá, em resposta ao lindo e saudoso poema publicado ontem no blog dela www.elimacuxi.blogspot.com

Se como dizia a poeta
Minha vida como a sua
Também findasse
Não haveria impasse
Não haveria dor nem sofrimento
Mas em que momento eu saberia
Dessa minha súbita calmaria
Desse libertar de alma e corpo
Não seria no copo correndo
Na mesa entre letras e números
Não seria nos úmeros vazados de tutano
Nem no assobio do vento que ali fez morada
Talvez ficasse gravado no punho da espada do destino
Que um dia deste menino fez cavalheiro
Não haveria um letreiro
nem mesmo as letras miúdas do contrato
Indicando a rescisão
Aonde gozaria da sensação de descanso
Se não houvesse depois do lanço de escadas a subir
Um sofá uma birita
Para apreciar a vista
E um São Pedro de plantão
A indicar meu futuro lugar
No maniqueísta panteão
Sei da sua dor poeta e do quanto
Ela também me dói no seio
E sei que a gente as vezes cansado do permeio
Diz desejar estar na companhia do que se foi
Por isso é que justo sei meio em pranto
Que o quebranto e o desejo que nos ativa
É coisa de gente triste talvez por um triz
Mas ainda felizmente viva

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