25 de fevereiro de 2016

Difícil fazer um poema sóbrio
Quando há tantas faces tantos olhos
Nos quais embriagar a alma aventureira
Impossível manter palavras contidas
quando há uma multidão de palavrões
e sentidos almejando liberdade nos lençóis
Um desejar trôpego denuncia
As vontades mal escondidas na boca
Que remói outros lábios à distância
Já não se precisa de voz
quando é possível atender grunhidos
E os corpos se tornam todo ouvidos

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