Dar a lua de presente
para mulher que sente
como louca de repente
Um desejo de uivar
Essa lua que pressente
A vontade envolvente
de se dar toda contente
Bem à beira do luar
Lua enorme tresloucada
De deixar toda agitada
A maré desse teu mar
Deixa a gente desvairada
Com essa vontade melada
Ter amor a quem amar
Este é um blog de poesia. Mas, como o título indica, não de poesia comportada e/ou confessional que existe pelaí... Nada temos contra esse tipo de poesia, mas queremos provocar o "Pô!?" nos que nos lêem. Aquele ângulo irreverente... aquela resposta desconcertante... é isso, uma poesia que, sem surpresas, tenta ainda surpreender... Se conseguirmos, tudo bem. Se não, ao menos tentamos (e nos divertimos). Se gostou, una-se a nós. Siga o blog, comente e divulgue. Arte ao fundo de Francisco Mibielli
18 de novembro de 2013
3 de novembro de 2013
quero ter o direito
de poder morrer
a qualquer hora
em um dia qualquer
da semana
não importa se estiver
bem vestido e sorridente
fazendo algo importante
imprescindível para o bem
da humanidade ou não
não faz diferença se eu for
o mocinho e quase esteja
vencendo o mal
que fique inconclusa
a ação e o gesto
e que se torne indigesto
todo o sonho não realizado
não quero a responsabilidade
pelo futuro nem pelo presente
o passado já é um fardo
difícil de manter equilibrado
sobre os ombros e aumenta
se modificando todo segundo
ao invés de solidificar como
as pedras que chuto do caminho
não quero sofrer de auto piedade
nem quero fazer um a carta de despedida
quero antes dizer que as vezes
me canso de ser humano
do torpor indiferente da morte
com hora marcada e engarrafamento
e que na falta de aguardente
que consiga vencer meus sentidos
e de uma caverna onde possa
me esquecer da alteridade
permaneço vivendo sobre ossos e calhaus
cozinho palavras num caldeirão fervente
e me vingo com lirismo daquele
que sabe ler mas não sente
de poder morrer
a qualquer hora
em um dia qualquer
da semana
não importa se estiver
bem vestido e sorridente
fazendo algo importante
imprescindível para o bem
da humanidade ou não
não faz diferença se eu for
o mocinho e quase esteja
vencendo o mal
que fique inconclusa
a ação e o gesto
e que se torne indigesto
todo o sonho não realizado
não quero a responsabilidade
pelo futuro nem pelo presente
o passado já é um fardo
difícil de manter equilibrado
sobre os ombros e aumenta
se modificando todo segundo
ao invés de solidificar como
as pedras que chuto do caminho
não quero sofrer de auto piedade
nem quero fazer um a carta de despedida
quero antes dizer que as vezes
me canso de ser humano
do torpor indiferente da morte
com hora marcada e engarrafamento
e que na falta de aguardente
que consiga vencer meus sentidos
e de uma caverna onde possa
me esquecer da alteridade
permaneço vivendo sobre ossos e calhaus
cozinho palavras num caldeirão fervente
e me vingo com lirismo daquele
que sabe ler mas não sente
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