De terça em diante
Não serei mais o gigante
Que não soube ser
Nem quero mais saber
Das possibilidades que não tive
Nem da gente que não vive
Em minha vida
Quero saber da partida
Do trem pra um lugar distante
E quero bastante
Espaço nele pois estou só com meus fantasmas
E tenho crises e asmas
Só de pensar em viajar espremido
Na companhia de grupo tão desmedido
Este é um blog de poesia. Mas, como o título indica, não de poesia comportada e/ou confessional que existe pelaí... Nada temos contra esse tipo de poesia, mas queremos provocar o "Pô!?" nos que nos lêem. Aquele ângulo irreverente... aquela resposta desconcertante... é isso, uma poesia que, sem surpresas, tenta ainda surpreender... Se conseguirmos, tudo bem. Se não, ao menos tentamos (e nos divertimos). Se gostou, una-se a nós. Siga o blog, comente e divulgue. Arte ao fundo de Francisco Mibielli
27 de abril de 2011
26 de abril de 2011
tensão
na beira do rio
brincavam crianças
o homem olhou um átimo
as gotas espalhadas na cena mormacenta
a enormidade de borboletas amarelas
manchando a tela em torvelinho
antes de adormecer
fechou os olhos e disse
ainda é possível ser Alice
brincavam crianças
o homem olhou um átimo
as gotas espalhadas na cena mormacenta
a enormidade de borboletas amarelas
manchando a tela em torvelinho
antes de adormecer
fechou os olhos e disse
ainda é possível ser Alice
25 de abril de 2011
Tenho um amigo que vive na fronteira
e no mundo que ele defende
não há plenitudes iluminadas
mas os plenilúnios são silvestres
Tenho um amigo na fronteira
entre o trágico auto-exílio
e etílicas lembranças
tenho um amigo de fronteiras
e além dele não vejo
melhores limites para o humano
tenho um amigo
e fronteiras
meus limites ampliados
tenho um amigo
no front
viver é a batalha.
e no mundo que ele defende
não há plenitudes iluminadas
mas os plenilúnios são silvestres
Tenho um amigo na fronteira
entre o trágico auto-exílio
e etílicas lembranças
tenho um amigo de fronteiras
e além dele não vejo
melhores limites para o humano
tenho um amigo
e fronteiras
meus limites ampliados
tenho um amigo
no front
viver é a batalha.
11 de abril de 2011
FLERTE II ( BELLA x MIBIELLI)
Consumo
essa voraz
agonia
Presumo
sentir extático
poesia
Qualquer que seja
teu desejo
sou tua escrava
pitonisa
Postado por Bella http://isabella-coutinho.blogspot.com/ em 03/04
Tua escravidão é o que me mantém de pé
Teu fluir pelos cantos,
arrastando correntes
tuas frases gementes
todos os latentes modos de dizer
aprisiona-me que quero a liberdade de pertencer
tua escravidão é o que mantêm
toda a liquidez do lânguido escorrendo
de todo canto que possa alcançar
com gestos bruscos e qualquer brinquedo
sibilante ou não
submarino ou não
que se sinta bem no seu templo
e te faça vibrar como não faz a razão
tua escravidão é o que
me tem feito ainda mais consciente
do que pra mim é o chicote
do teu sentir
prazer
dor
me deixando
cada vez mais servo
da tua escravidão
Publicado por MIbielli em 05/04/2011
essa voraz
agonia
Presumo
sentir extático
poesia
Qualquer que seja
teu desejo
sou tua escrava
pitonisa
Postado por Bella http://isabella-coutinho.blogspot.com/ em 03/04
Tua escravidão é o que me mantém de pé
Teu fluir pelos cantos,
arrastando correntes
tuas frases gementes
todos os latentes modos de dizer
aprisiona-me que quero a liberdade de pertencer
tua escravidão é o que mantêm
toda a liquidez do lânguido escorrendo
de todo canto que possa alcançar
com gestos bruscos e qualquer brinquedo
sibilante ou não
submarino ou não
que se sinta bem no seu templo
e te faça vibrar como não faz a razão
tua escravidão é o que
me tem feito ainda mais consciente
do que pra mim é o chicote
do teu sentir
prazer
dor
me deixando
cada vez mais servo
da tua escravidão
Publicado por MIbielli em 05/04/2011
1 de abril de 2011
flerte (Elimacuxi x Mibielli)
quantos olhos
agora ouvem
o silêncio
de meus olhos?
postado por Elimacuxi às 17:04 em 16/03/2011
Os mamilos dos teus olhos
provocam e brincam
de esconder e mostrar
com os dentes do meu olhar
Postado por Roberto Mibielli em 30 de março de 2011 17:35
deixou-se na cama
prostrada de dor
os mamilos roubados
o seio em flor
noutro dia
ali brotara
poesia
de pétala rara
postado por Elimacuxi às 17:04, 31 de março de 2011 07:22
Porque na cama deixou-se star
a Stela Dalva no teu olhar
clave de lua dos seios fez
e dos mamilos insensa tez
Postado por Roberto Mibielli em 31 de março de 2011 14:17
agora ouvem
o silêncio
de meus olhos?
postado por Elimacuxi às 17:04 em 16/03/2011
Os mamilos dos teus olhos
provocam e brincam
de esconder e mostrar
com os dentes do meu olhar
Postado por Roberto Mibielli em 30 de março de 2011 17:35
deixou-se na cama
prostrada de dor
os mamilos roubados
o seio em flor
noutro dia
ali brotara
poesia
de pétala rara
postado por Elimacuxi às 17:04, 31 de março de 2011 07:22
Porque na cama deixou-se star
a Stela Dalva no teu olhar
clave de lua dos seios fez
e dos mamilos insensa tez
Postado por Roberto Mibielli em 31 de março de 2011 14:17
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