Triste
A noite deflora
A tarde
Que arde
E se muda em tons
Que eu não saberia
Descrever
em versos
triste
a noite domina
a tarde
que faz alarde
do seu fim róseo
como se soubesse
que ali começa
o momento
dos devassos
triste
a noite desatina
a tarde
que encarde
o céu de cores
para que se saiba
que ali se esvai
o virgem sangue
dos travessos
triste
a noite omite
a tarde
que entende
na escuridão
interna o sentido
de ser o outro
nos próprios avêssos
Este é um blog de poesia. Mas, como o título indica, não de poesia comportada e/ou confessional que existe pelaí... Nada temos contra esse tipo de poesia, mas queremos provocar o "Pô!?" nos que nos lêem. Aquele ângulo irreverente... aquela resposta desconcertante... é isso, uma poesia que, sem surpresas, tenta ainda surpreender... Se conseguirmos, tudo bem. Se não, ao menos tentamos (e nos divertimos). Se gostou, una-se a nós. Siga o blog, comente e divulgue. Arte ao fundo de Francisco Mibielli
26 de dezembro de 2005
16 de dezembro de 2005
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